. Acesso em: 9 fev. 2015.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Após explicar o conceito de amplitude térmica, solicite aos alunos que calculem a amplitude térmica apresentada nos climogramas deste capítulo. Amplitudes: Porto Alegre (10 °C); Itatiaia (6 °C); São Gabriel da Cachoeira (4 °C); Cabaceiras (6 °C).
Página 210
Conexões
O clima e as cidades
Como sabemos, o ser humano modifica o ambiente em benefício próprio. Porém, muitos são os casos em que essa modificação traz consequências prejudiciais em longo prazo. As edificações das cidades, o uso exacerbado de asfalto nas vias públicas e o consequente desmatamento (com presença de poucas áreas verdes) são fatores que implicam em um superaquecimento desses lugares. Observe a foto a seguir.
A transformação da natureza, sobretudo nas grandes cidades, pode ocasionar na produção de um microclima urbano que se constitui basicamente de:
• baixas taxas de umidade pela falta de áreas verdes;
• baixa qualidade do ar pela presença de poluentes;
• altas temperaturas durante o dia, causadas pelo rápido aquecimento do cimento e do asfalto;
• baixas temperaturas durante a noite, causadas pelo rápido esfriamento do cimento e do asfalto;
• pouca circulação das correntes de ar devido a edificações altas que barram a passagem do vento.
Fig. 1 (p. 210)
Vista da cidade de Santiago, Chile, 2013.
DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS
Agora reflita sobre possíveis medidas de melhoria a serem tomadas em uma cidade que possui as características citadas. Você já sofreu com algum desses fatores? Caso não, conhece alguém que tenha vivido em grandes cidades?
Em seu caderno, organize um pedido para a aplicação dessas medidas de melhoria sob a forma de uma carta destinada a algum órgão público (Secretaria do Verde e do Meio Ambiente; Secretaria do Planejamento e Gestão; Secretaria de Desenvolvimento Urbano; entre outros). Escreva com o intuito de fazê-los compreender por que as medidas são necessárias para a melhoria da qualidade de vida da população. Se necessário, relate algum caso em que se sentiu prejudicado pelos fatores anteriormente listados.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
O texto sobre o clima equatorial indica a região como detentora de temperaturas muito elevadas, superando os 25 oC; entretanto, é importante indicar aos alunos a comparação com as amplitudes térmicas dessa região, de modo que os alunos compreendam que, apesar das temperaturas elevadas, a amplitude térmica é bem baixa.
Referência complementar para o(a) professor(a)
• MARENGO, José A. Mudanças climáticas globais e seus efeitos sobre a biodiversidade: caracterização do clima atual e definição das alterações climáticas para o território brasileiro ao longo do século XXI. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2006.
Página 211
Estudos do capítulo
Não escreva no livro. Faça as atividades no caderno.
Atividades
1 Leia o trecho do livro Vai chover no fim de semana?, de Ricardo Mourão:
No Egito, onde a agricultura dependia das enchentes e das vazantes do Rio Nilo, a aparição periódica das estrelas de determinadas constelações indicava os ciclos de inundação e estiagens [...], e com isso, [...] um conjunto de provérbios e ditos populares foram extraídos gradualmente, a partir de uma série de sinais que eram considerados como uma indicação de futuras ocorrências.
MOURÃO, R. R. F. Vai chover no fim de semana?. São Leopoldo: Unisinos, 2003. p. 18.
O Rio São Francisco, que nasce em Minas Gerais e deságua em Alagoas, perpassa o clima semiárido que, de certa forma, assemelha-se ao desértico, o qual caracteriza o Egito. Esse país também possui períodos de estiagem e de inundações.
Em seu caderno, responda: de acordo com as características do clima semiárido, em qual período do ano o Rio São Francisco inunda? E em qual ele estia?
2 Para responder a esta questão você precisará retomar os climogramas de Porto Alegre e de Cuiabá, nas páginas 206 e 207.
a) Quais são as diferenças existentes entre o climograma de Cuiabá e o de Porto Alegre?
b) Por que existem diferenças entre ambas as cidades?
Interpretando a mídia
O cacique, os juros e a meteorologia
Consta que, em um dia de outono, um cacique foi procurado pelos homens da tribo. Queriam saber se o inverno seria rigoroso. Atônito, hesitante, o cacique balbuciou que faria muito frio. Sem hesitar, a tribo passou a recolher pilhas de lenha.
O cacique, que não tinha estimativa confiável do tempo desde que seu pajé fora morto por grileiros de terra, apelou ao serviço de meteorologia para checar sua previsão. Afinal, ele era admirador da tecnociência branca desde que assistira a um vídeo da Funai sobre [...] sabedorias que permitiam prever desde safras de abóbora e temporais até erupções de vulcões e inflação.
Do orelhão da tribo ligou para a webclima.com. br, que confirmou sua previsão: as primeiras evidências mostravam que, sim, faria frio.
Passado um mês, vendo sua tribo dizimar a floresta em torno com mais rapidez que madeireiras malaias ilegais, voltou a ligar para a webclima. Ouviu a mesma previsão.
À beira do inverno, já não era possível andar entre as malocas. A tribo acumulara toda a lenha disponível nas redondezas e ainda comprara pilhas de papel de carroceiros paulistanos, que recolhiam relatórios de inflação do lixo dos bancos da avenida Paulista. Angustiado, o cacique voltou à webclima, que foi taxativa sobre as evidências agora incontestáveis de que o frio seria terrível.
O cacique arriscou-se enfim a contestar a sapiência meteorológica. “Mas como vocês têm tanta certeza de que fará frio?”, perguntou. “Porque faz meses que vemos os índios armazenarem muita lenha para o inverno”, foi a resposta.
FREIRE, Vinícius Torres. O cacique, os juros e a meteorologia. Folha de S. Paulo. Caderno Opinião, 18 ago. 2003. Disponível em:
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